As árvores se comunicam sob o solo com suas raízes.
Através delas se consolam, se amam e se completam.
Elas são suas mãos, seus braços, seus abraços, seus
carinhos, seus corações.
Quando as ventanias as assustam em suas ramagens,
trocam carinhos por sob a terra e se aquietam.
Delas vem seus ninhos, suas estações, suas viagens.
Enquanto vivemos no teto do mundo,
elas dançam e se entrelaçam em seus porões.
Sob o solo fazem uma rede de teias, de fios de comunicação,
de matrizes, de veias, de trançagens.
Onde o olhar da gente não alcança é onde podemos sentir
os passos de uma dança.