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domingo, 20 de janeiro de 2019

Eu mesmo




Navegar é preciso, como dizia Fernando!
Eu, pessoalmente navego na imprecisão
enquanto vivo, pois viver não é preciso,
no sentido de precisão, bem o disse Fernando!
Digo aos meus botões: viver é improviso!
É necessário viver, porém, não é preciso, pois,
como controlar o acaso se não conhecemos seu leme?
O mar é imenso, mas no viver me condenso!
Imensidão se mede com instrumentos,
com bússola, astrolábio, com o estudar dos ventos.
Viver, não se mede e se enganam
aqueles que a ele acrescentam os anos!
Viver, se vive quando se movimentam
os aeroplanos dos pensamentos!
No barco quanto mais se alinha a proa,
melhor se cortam as águas!
Mas como tornar a vida melhor,
e dizer que a existência é boa,
secando os prantos das mágoas?
Do barco são conhecidos seus conveses,
mas do viver pouco sabemos de seus vieses!
O barco tem seus compartimentos,
o viver são blocos isolados de sentimentos!
O barco tem no casco sua amurada,
o viver é todo ele sua própria morada!
No barco, bordo é simetria e depende do olhar do navegador!
No viver, me acordo todos os dias, todos eles diferentes, em suas formas,
surpresas, ou seja lá o que for!
O barco tem suas balizas que sustentam a parte de cima!
Viver tem seus deslizes e sua beleza
está em não ter métrica ou rima!
O barco tem seu costado e como medir sua flutuação.
Viver, muitas vezes é um desencontrado
momento que surge após um encontro
dependendo da natureza da situação.
No barco, o calado indica o que está em submersão!
Para viver não se usa alguma medição!
Não se sabe corretamente o que paira lá no fundo!
Viver é um mistério de outro mundo!
Há precisão no navegar. Não há precisão no viver.
Navegar depende do intento e da direção.
Muitas vezes há mais viver, caminhando no acostamento
ou na contra mão.

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