Relembro aquela praia. Não esqueço aquele lugar.
Minha mãe me pediu, "meu filho, escreve um poema para o mar!" Eu fiquei a olhar, a olhar para mamãe e não consegui
navegar.
Os anos passaram, posso dizer a vocês, ainda sou o mesmo poeta de quando tinha dezesseis!
Tantas ondas chegaram à praia de minha inspiração.
O poema ficou no ar, ou seja, como uma ilha distante,
além do continente. Um pontinho deserto, flutuante,
submerso em meu inconsciente.
O olhar de mamãe uma estrada, o mar a contra-mão.
Não tenho como escrever nada para o oceano. Seria a mim mesmo me enganar!
Seria naufragar no meu engano. Pois o olhar de minha mãe valia mais que o mar!
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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domingo, 26 de maio de 2019
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