Um dia sem
mais nem menos ela saiu a passear,
não sei se
foi por aí ou para longe como se diz,
deixou-me monge
como um balão solto no ar,
desenhando desejos
com pequenos traços a giz!
Fiquei tonto
como folha no rio perdida a vagar,
correndo pela
correnteza como um pavio infeliz
de uma chama
que ardia com beleza a brilhar,
que se
apagou de repente no vento por um triz!
Contava nos
dedos cada minuto, hora, segundo,
quem sabe poderia
chegar como aparece a lua,
deixando
boquiabertas todas os seres do mundo!
Não é fácil
olhar todos estes dias por esta janela,
pintando sobre
a rua sozinha, muda e silenciosa,
este seu
vulto com a imaginação nesta aquarela!
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