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sábado, 12 de junho de 2021

Poema da dor sem fim

A despedida de quem morre por covid é mais ou menos assim. 

É enterrar por nead o meio, o princípio e o fim! Sempre que vamos de um lugar, um encontro, dizemos até mais, volto outro dia, fique com Deus. 

Mas quando se vai e não tem despedida? Fica no lugar um vazio sem fundo e sem vida. Uma ida sem adeus é uma expulsão invertida. 

Ao inverso porque continha em junção elementos unidos, que se desfalecem e se dizimam como fuligem ou breu. No meio da opacidade de uma despedida sem adeus fica o vácuo de uma saudade, pois esta só existe quando não se dissipa a polaridade.

Vc138

Um dia te vi rapidamente numa eternidade,

naquele espaçozinho, um cantinho segundo.

Levei comigo pela vida inteirinha a cidade,

surpreso nos braços embalei este mundo!

 

Um dia te vi delicadamente numa imensidade,

naquele momento límpido, eterno fecundo.

Meu tempo agora te procura doce saudade,

Amor com certeza é um lance bem profundo.

 

Era de manhã, de tarde, me perdia, ou anoitecia

quando nos encontramos num flash de segundo?

Ou era o tempo de não passar que se antevia? 

Era um movimento rápido de mulher, uma trama,

ou que era então o encontro naquele momento?

Lançados ao ar pelo trampolim de quem ama!

Vc 137

Lá fora está cinza, faz um frio gelatinoso e correm os ventos,

um passarinho voando em giro por entre as árvores e um fio,

enquanto observo o tempo na manivela destes pensamentos,

águas de lembranças correm serpentinas como em um rio.

 

Ó mundo mágico movimenta a girândola dos meus alentos,

a solidão desvanece nesta interface como chama num pavio,

necessito cessar o toque de saudade, anular meus tormentos,

salvando-me em versos de ouro, pois ser poeta é meu ofício.

 

O espaço neste contexto é um fluxo eterno que se condensa,

a gente mergulha nele como um grão de areia num manancial,

mas pensar incessantemente vai mais além de quem pensa! 

Quem é aquela flor que surge angelical, terna como um buquê,

em seu corpo bem modulado florindo numa moringa de cristal,

aquele ser eterno tão lindo que me desperta e alegra é você!

 

sábado, 5 de junho de 2021

Amor eterno

 Amo-te, por te amar existo e mesmo que tenha resistido a tudo

nesta vida, o amor me sequestra, perante a ele não resisto.

Amo-te porque de amar-te não sei até quanto.

Amo-te porque de abraçar-te não sei até onde.

Amo-te porque te amo tanto que nem sei até quando.

Amor, amar é um repetir de sentimento que cadencia

no peito, rodopia por dentro, que não para de girar

como uma girândola galáctica além de qualquer intento.

Amo-te porque amar é a única corrida eclesiástica

onde tudo vale a pena, mesmo quando se corre atrás do vento.



Energia

Tudo palpita.

Tudo é vida.

Há vida na terra.

Há vida no céu.

Há vida no fogo.

Há vida no ar.

Se há vida nas pedras,

nada se escapa deste jogo.

Há vida neste lado.

Há vida no outro lado.

No outro lado da face.

No outra marca do escape.

Ninguém escapa deste logro.


Mundo absurdo

Pára

nóia!

Não se

salva com

duto!

Pára

queda!

Salva

dor!

Realidade

Há coisas que nos fazem cair fora de si... Dependendo do vulto vale demais sonhar. Dependendo da penumbra nem vale a pena acordar. Acordar m...