Escrevo o
que me vem à telha!
Não estou
nem aí para os legisladores literários!
Não quero
saber das regras, das receitas, dos boletins,
das bulas
intermediárias, porque sou um poeta e ando
com a carta da poesia debaixo da manga de uma camiseta.
Portanto não vim para ser ovelha! Não vou deixar minha poesia
ser guiada, ser vigiada, ser tosquiada! Ela deverá ser livre como os
polens voam
pelos campos! Ela deve ser o que ela é mesmo
e não da
forma controlada, porque todos estes que tentam
controlar as
coisas, no fundo são descontrolados, porque
todas as
coisas tem seus muitos lados.
Não exponho
meus versos a cirurgias plásticas que os deformem,
pois não
faltam os críticos que julgam todos saber muito e no
fundo não
sabem o que é estar a serviço da inspiração, o que
é abrir-se
como um girassol e girar em sua intimidade o
movimento giratório
mais notável do universo.
Escrever surrealisticamente na linguagem do absurdo é meu jeito social.
Antes de
anunciar meus versos deixo-os espreguiçarem num jirau.
Então, o que
falarei por último então? Esta mania de querer legislar
tudo é que
criou o superego da escravidão!
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