Eu sei que os poetas são tantos.
O mal dos
poetas é que às vezes andam tontos.
Se há muitos
poetas, não sei. São quantos?
Mas por
ventura todos estão prontos?
Será seu
viver um girar natural ou marginal?
À margem do
bem sim, não à margem do mal.
O viver natural
tem suas regras.
O viver
marginal do poeta não se compra
com as
mesmas moedas.
No tratado
deste mundo os adultos
tem sua
dança.
O poeta é um
pobre coitado
que veste
seus vultos
com roupinhas
de criança.
Enquanto os
adultos com seus
embalos preenchem
os espaços
da cidade,
os poetas
escapam pelos intervalos
vazios das ruas
paralelas onde vão
colher o lócus
da imensidade.
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