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domingo, 12 de dezembro de 2021

Sensibilidade

Em um bosque frondoso a minha casa interna,

em cada estação inverna em um relógio pendurado

na parede da sala. É meu coração compassando

seu tic tac bem ritmado dos meus acertos e dos meus

desenganos. Mas neste estranho jogo da existência,

tipo um jogo de cartas, na parede do outro lado,

em frente o mundo me estende seu tapete para o desconhecido,

enquanto em cada parede, a da direita ou da esquerda,

em uma me vem o passado vivido, na outra o futuro pretendido;

porém o relógio suspenso na insistência de cada batida

de seu som comprimido, não me fala das horas passadas, nem daquelas

que virão, diz apenas aqui e agora é o único a viver.

Ora, há ritmo pra tudo. A realidade é a realidade mesma.

A mente é um viajante embriagado saltitando de evento para evento.

 

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