Em um bosque frondoso a minha casa interna,
em cada
estação inverna em um relógio pendurado
na parede da
sala. É meu coração compassando
seu tic tac bem
ritmado dos meus acertos e dos meus
desenganos.
Mas neste estranho jogo da existência,
tipo um jogo
de cartas, na parede do outro lado,
em frente o
mundo me estende seu tapete para o desconhecido,
enquanto em
cada parede, a da direita ou da esquerda,
em uma me
vem o passado vivido, na outra o futuro pretendido;
porém o relógio
suspenso na insistência de cada batida
de seu som
comprimido, não me fala das horas passadas, nem daquelas
que virão,
diz apenas aqui e agora é o único a viver.
Ora, há ritmo
pra tudo. A realidade é a realidade mesma.
A mente é
um viajante embriagado saltitando de evento para evento.
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