Eu sei que não é fácil.
Com o Eterno tudo é possível.
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
Eu sei que não é fácil.
Com o Eterno tudo é possível.
Há marionete que dança, rebola,
desliza,
gesticula, pinta o sete!
Não há quem
fique louco!
Pois assim
se submete!
Mas esperem
um pouco!
Vejam quem
está por trás,
percebam quem
é o grumete.
Tenham cuidado com o ventríloquo!
De branco eram caiadas todas as casas,
de azuis as portas, janelas todos os umbrais,
em volta de tudo um sereno orvalhado,
do alto das serras meus olhos em asas,
voavam por ribeiras de grandes mananciais,
até um horizonte infinito e alongado!
O sol no monte surgia em brasas,
enquanto o vento soprava cada vez mais,
sentia o doce cheiro de alecrim dourado!
Os terreiros de café eram largas praças,
montados em cavalos de olhares cordiais,
cavalgávamos o mundo em cada lado!
Buscávamos o barro branco em taças,
pois o nosso cuidado era puro e demais,
rebocávamos o fogão de lenha e caiado,
sorridente sempre aceso com mil brasas,
iluminava aquele mundo além dos capinzais,
mesmo assim ainda sobrava um bocado,
nas paredes passávamos o resto das massas,
quem se aproximava dos nossos quintais,
ficava com um sorriso no rosto iluminado!
Para que tantas borboletas se uma
apenas vale
a pena?
No vôo de
uma eu me prendo.
Nas asas de
uma me afago.
Na beleza de
uma me rendo.
Na grandeza
de uma deságuo.
Somente uma
é como a flor da açucena.
Romântica,
feminina, exuberante, plena!
Pois bem, tudo o que me disseste o que guardei?
Às vezes
olho no azul do céu em toda amplidão,
percebo há
tanto além, das coisas sim nada sei,
então saberei
realmente do segredo no coração?
Se as
palavras são como sementes, logo pensei,
quando um
lavrador semeia com amor o chão,
nascem
tantas flores, frutos, assim perceberei,
mais são
aquelas plantadas por dentro então!
Por mais amplo seja o mundo, por mais extenso,
haverá um
pensamento aqui dentro com certeza,
pensando mais profundo de tudo isto que penso!
Não somente as
palavras singelas vou guardando,
também
aquelas que estão surgindo entre todas,
também dos
intervalos entre elas intercalando!
Sertão, tão sem ser! Não há como ser então?
Não! Quando o ser morre em privação,
não tem mais nada a ver....
O sertão seria a nudez do ser?
Não! Na nudez há amor, então há o ser!
No sertão há tanta dor de se ver o avesso
da nudez do ser.
Sertão, no seu aparecer não aparece o ser.
É um antes não sei quando, um até não sei até onde
que por cada evento a si mesmo se esconde!
Há coisas que nos fazem cair fora de si... Dependendo do vulto vale demais sonhar. Dependendo da penumbra nem vale a pena acordar. Acordar m...