De branco eram caiadas todas as casas,
de azuis as portas, janelas todos os umbrais,
em volta de tudo um sereno orvalhado,
do alto das serras meus olhos em asas,
voavam por ribeiras de grandes mananciais,
até um horizonte infinito e alongado!
O sol no monte surgia em brasas,
enquanto o vento soprava cada vez mais,
sentia o doce cheiro de alecrim dourado!
Os terreiros de café eram largas praças,
montados em cavalos de olhares cordiais,
cavalgávamos o mundo em cada lado!
Buscávamos o barro branco em taças,
pois o nosso cuidado era puro e demais,
rebocávamos o fogão de lenha e caiado,
sorridente sempre aceso com mil brasas,
iluminava aquele mundo além dos capinzais,
mesmo assim ainda sobrava um bocado,
nas paredes passávamos o resto das massas,
quem se aproximava dos nossos quintais,
ficava com um sorriso no rosto iluminado!
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