Um só jogava dominó, o outro só jogava baralho e o terceiro só ficava só. Naquele momento em que o sol declinava no horizonte e pintava a tarde de mil tons, ainda estavam os três amigos sentados na praça.
O que jogava dominó multiplicava suas pedras em torno de si e erguia sua própria muralha. O que jogava baralho convidava os reis, as damas, valetes e todas as cartas para desfiar os fios de sua mortalha.
O que vivia só, não falava, não sorria, apenas observava os outros dois. Estava sempre só. Em sua garganta não havia nenhum nó.
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