Enquanto ela deslizava com instinto de pantera,
suas unhas pelo meu corpo em mágica derradeira,
brindávamos a vida em taças pela sala de espera,
incendiávamos nossos corpos como o fogo da lareira.
Atrativo sortilégio durava mais que toda uma era,
pois hidratava o espaço desde o chão, o teto e a beira
de toda aquela sala como o rodopiar de felina fera,
deslizando o seu corpo como borbulhar de cachoeira.
Voando além dos cachos, desatando todos os colchetes,
com a voz tremulante adocicando movimentos retorcidos,
lançando no vazio pleno o sumo dos momentos vividos.
Palacetes de ternura erguendo a cada segundo de segundo,
num compasso a lançar os ângulos a serem traçados,
mesmo depois quando dormíamos silenciosos e abraçados!
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