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domingo, 20 de janeiro de 2019

Calçadense transvestido


O CALÇADENSE TRANSVESTIDO (José Do Amaral)
Lá em São José do Calçado,
menina dos olhos da poesia,
houve um caso bem isolado,
do seu costumeiro dia a dia.
Neste reino eterno do poeta,
onde a beleza é uma gema,
por lá apareceu este pateta,
que nunca lera um poema!
Um dia foi tirar seu retrato,
a máquina gemia de dor,
o incrível olhar do ingrato,
parecia filme de terror!
Se lhe tocassem o capacho,
surgia-lhe uma fúria insana,
ficava mais bravo e macho
que um cacho de banana!
Um dia lhe dei uma quadrinha,
para que ele lesse na praça,
começou a virar almofadinha
e distribuir sorrisos de graça!
Sua alma ficou tão macia,
que andando em uma calçada,
lá na outra a gente percebia
um perfume sereno de fada!

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