I
Todos vencem a todos e a tudo,
enquanto eu perambulo com a minha sombra
escondida atrás do vulto do meu rosto,
como um musgo que me acompanha,
subindo pelas alamedas dos meus passos,
descendo pelas encostas dos meus muros,
sorvendo o que não sobrou de mim,
nem do sorriso que quando se foi, fiquei mudo!
Nem dos meus desdéns perdidos na alfombra,
ou da seiva que alumbrou meu gosto,
ou da mulher que em sonhos me assanha,
ou dos meus espaços vazios que ficaram sem abraços,
ou de todas as flores que voaram do meu jardim,
ou de todos os pontos que a noite pintou de escuros,
para que hajam suspiros suspensos pelos cantinhos,
para que hajam silêncios enquanto o amor perdura,
para que hajam estórias forrando os caminhos,
para que se balancem os pássaros felizes na vindima,
enquanto se amalgama o vinho na taça aos golinhos!
E meu Deus, para que é necessária tanta rima,
se esta noite estrelada já me enche de ternura!
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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domingo, 20 de janeiro de 2019
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