Oh! Eterno, quantos sabem mais que todos
e dizem vencer a todos e a tudo,
enquanto eu mal venço a mim mesmo!
Ainda bem que minhas ninfas não devoraram
Teus pomos de ouro e não profanaram
o meu Jardim das Hespérides!
Quantos sabem de tudo e espelham seus
selfs a sobremodo, enquanto eu me sinto
esta sombra sem rosto que só tem vulto
e não tem flashs!
Mas o Jarro de Pandora que tu me destes
só estava cheio de perdão e esperança!
Assim meu rosto sem rosto, minha face
sem face, por onde viveu ou onde andasse
deixou seu sorriso de criança que a muitos
serviu como vinho mosto com maná de Salem!
Quantos possuem nos lábios uma
resposta pronta, enquanto eu vou para o Teu
manjar e Tu te escondes por trás
das cortinas do Grande Salão!
Mas vou simplesmente como quem só quer
sorver a ensinança e não comungo a idéia enfadonha
de fazer um ídolo conforme a intenção que
muitos tem ao visitar o Anfitrião!
Mesmo assim, ainda saio com uma
pergunta muito antiga, que de tão velha
em mim, já anda tonta!
Quem sou eu afinal de contas?
Continuarei amarrado ao mastro como Ulisses
perante as sereias ou serei capaz de atravessar
a noite do umbral sem me perder de mim mesmo?
Oh! Santa pobreza de nada saber! Santa nudez de
nada apresentar!
Oh! Santa acuidade de diante do vazio saber-se
respeitar!
Nada sou, nada tenho, nada almejo! Sou uma chispa humana!
Sou apenas um simples nada diante do grande início,
da expansão infinita do Logos, da Mente presente do
Cosmos, sem cair na insignificância mundana de cada precipício!
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
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