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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Poema do adeus

Estava tão deslocado
ao tomar o seu café
na padaria ao lado;
após bem mastigado,
engoliu o guardanapo!
Tanta coisa nele escrita!
Agora onde está o pavio
de sua fértil inspiração?
As curvas da mulher bonita!
Um poema como um rio
levava suspensa a canoa
no remo da imaginação!
Reescrevê-lo? Nunca mais!
Destroçou-se seu tesouro!
Era um caso passageiro.
Antes de chegar ao cais,
sem beijos no ancoradouro,
foi-se como o amor primeiro

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