A gente não escreve nada. Como deveria ser bom escrever alguma coisa.
Antes de aprender a escrever eu escrevia poemas em japonês.
Foram riscos e mais riscos na rua descalça que representavam tudo
aquilo que as palavras nascidas depois não souberam recuperar.
As palavras vieram cegas e à luz do dia andavam às escuras.
Então voltei ao tempo de quando antes de aprender a escrever.
Voltar não é fácil, porque temos que voltar também com nossas sombras.
Os contos e os poemas me visitam de quando em vez, principalmente
quando estou de vez em quando esquecido de mim mesmo.
São personagens enigmáticos que chegam para tomar cafezinho
comigo nas manhãs ensolaradas e tomar cafezinhos para eles
é derramar estórias e poemas sobre os papéis de guardanapos.
Eles chegam sem bater à porta e eu não interfiro nas suas manias,
apenas deixo fluírem por mim suas idéias, como uma ponte parada
sobre um rio não interfere na correnteza do rio. A ponte sabe que
nunca vai chegar ao horizonte, mas tem a sabedoria de perceber
que estar por cima do rio é deixá-lo livre a correr.
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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domingo, 20 de janeiro de 2019
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