Leve, porém,
seja a vida tão breve
nave e
melhor seja viver bem suave!
Saiba
possível que cada dia não caiba,
não, nem na
cova mais ancha da mão!
Livre, pois
sendo que de viver se vive
amplo, cada
dia dedilha o seu manto!
Finda, sem
que possamos em fim ainda
tanto,
prantear na alma a ternura do canto!
Vento seja a
vida no proceder do pensamento
baço, onde
cada um é seu mesmo estilhaço
partido, de
cada palmo de instante percorrido!
Cal tinge o
indizível tempo no lenho do umbral!
Pluma
dançando no sentido cinza da bruma,
sal na terra
um dia se desfaz no denso vendaval!
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