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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Soneto do amor romântico

Por treze vezes bati naquele umbral,
a porta permanecia sempre fechada,
sucedia que sua argola de puro metal,
só mostrava a boca redonda, fechada.
Por treze vezes assim me madruguei
batendo, batendo, batidas sem cessar,
no ferrolho da porta eu curvo implorei,
além de um soluço, um triste sussurrar.
Repetindo insisti assim naquele batente,
persisti diante daquele invencível portal,
cansado, já abatido na soleira da morte,
quando, por espanto, em nudez luzente,
sob pele de cetim o mais belo ser divinal:
“entra querido, treze seu número de sorte!”

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