Sobre a modular escrivaninha
o relógio parou pelas 6,
observando os bicos de rendinha
sobre a mesa, me lembra
suas roupas íntimas me
convidando a um atrevimento,
daqueles que nos levam
a um momento que não se conta.
Para outros, do outro lado
em outros prédios, pode ser
muito mais que seis, talvez
seis e meia, ou seis com
inteiros tédios!
Para os outros do outro
lado do planeta quem sabe
muito mais que dezoito
e tanto!
Mas somos dois trilhos
que não obedecem à disciplina
da estação do trem de ferro,
pois nos encontramos
e deixamos que tudo
desencarrilha sobre nossa cama.
Quaisquer horas a mais
não valem nada e não
passarão sobre nós,
pois somos nós que passamos
um sobre o outro e que
se danem as horas!
Sinto dó das lagartixas lá fora
sobre as pedras balançando
em vão suas cabecinhas,
pois nunca serão humanas,
nunca terão este frenesi
tão louco neste instante!
Enquanto todos os outros
passam suas horas patéticas,
nós nos passamos um
sobre o outro, temos licenças
poéticas de parar o tempo
sobre a escrivaninha,
nesta paixão delirante e noética.
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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quarta-feira, 31 de julho de 2019
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