Favos de mel
descem fluindo a cada momento,
a cada
suspiro, em nossas coxas envolvendo-se,
travesseiros
sem fronhas, soltos a cada alento,
tranças de
braços, em abraços envolvendo-se.
Aos poucos
as luzes do quarto tornam-se toscas,
jogam
sombras curvas tangentes sobre nós dois;
os nossos
seres cirzam beijos em nossas bocas,
nossos
desejos infinitos, sem antes nem depois.
Cantos
recolhem nossos movimentos no aposento,
são conteúdos
guardados, nos mesclamos no ato,
são frutos
maduros, esfiras solenes de nossa cabala.
Enquanto tudo
vai se acoplando por fora, por dentro,
toques de
nossos seres guardam prazeroso contato,
Ideograma máximo
de prazer por infinita mandala!
Nenhum comentário:
Postar um comentário