Mané português chegara recentemente ao Brasil. Viera para cá carregando dois motivos: ser espião e ensinar a língua portuguesa como uma segunda língua aos brasileiros. Fizera por correspondência um curso de espionagem. Chegou bem disfarçado. Terno preto, óculos escuros, camisa branca, gravata preta, calça preta, botas pretas, uma valise preta. No centro do Rio de Janeiro, esperando um táxi, retirou um cachimbo, amassou o fumo vagarosamente, tirou um fósforo do bolso do paletó e riscou-o no salto da bota sob olhares atônitos dos transeuntes, soltando baforadas a torto e a direito como um touro machucado na arena.
Fez sinal e o motorista parou. Sentou-se e ficou olhando para o motorista que lhe perguntou como sempre o faz, "para onde o senhor vai?" Mané português encarou-o com um olhar aquilino e respondeu, "por acaso um espião diz onde vai?"
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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sábado, 24 de agosto de 2019
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