Põe-se a amar, seja por qualquer
encontro,
seja por qualquer encanto, mas um dia
tudo tem fim, triste quando o fim
seja o pranto!
Mas o sol nunca se deixa levar! O sol
não se põe!
Em cada céu deste mundo há sempre um
sol a brilhar.
Mesmo se o jantar é de gala,
põe-se a mesa e depois se retiram
os pratos, a toalha bordada, os
comensais!
Se é necessário discurso, põe-se a
fala
e depois se cala!
O sol nunca se retira e nunca se põe!
Está sempre a brilhar seja
diretamente
ou com seus raios transversais!
Põe-se a roupa e depois a coloca para
lavar.
Coloca-se os sapatos e depois os
coloca nas sapateiras.
Tudo que estamos a guardar um dia
será retirado das prateleiras.
O sol é o único que nunca se bota a
quarar!
Em cada céu deste mundo há sempre um
sol a brilhar.
A mãe penteia a menina e se lhe
coloca uma fita.
Um dia este menina coloca outra fita
em outra menina bonita, tudo passa,
se põe!
A infância se põe, a juventude se
põe, os amigos
se põem, a fortuna se põe nem que
seja em outras mãos!
Tecem novas filosofias, mudam os
pensamentos e
surgem novas ideologias.
Tudo é como no Eclesiastes, “tudo é
como correr atrás dos ventos!”
O sol nunca se põe! O sol está muito
acima dos ventos!
O sol está além de todas as maresias!
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