Caracóis serpenteando
cordilheiras me levaram ao cume do Everest,
para te
encontrar ali com um sorriso lacustre no outro lado do mundo;
apalpar-te em
toques dobradiços, enchendo-te de perfume silvestre,
beijando
teus seios, buscando tua seiva na cor do florescer profundo!
Píncaros agudos
desafiando o céu são como teu olhar grave, profundo,
despontando o
fulgor espetacular do teu corpo escapando pela veste;
bebo tua
formosura no esplendor da tua sensualidade, gosto fecundo,
mulher magnífica,
sobrenatural, frutificando madura, beleza agreste!
Envolve-me
em jogos circulares, arranha-me suas unhas de punhais!
Meço a
extensão de todo o espaço pelos anéis deste abraço apertado,
são cadarços
que me cruzam, me desfiam, me convidam a querer mais!
Delírio fértil
brama meu palpitar róseo constante nesta infinita viagem.
Cada beijo internamente
arrancando de nosso peito um suspirar selado,
nossas almas
grudadas, juntinhas nas manhãs perfumadas, oh! miragem!
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