Diga-me agora Cupido por
onde ela anda,
ou não lhe considero mais
me mito
e sua seta de amor escondo
atrás daquela
pedra lá fora!
Como uma sombra nascendo
de um cinza leve
e se tingindo gradativa,
se agigantando
e se contorcendo em sua
imensa penumbra,
quem sabe ela venha
surgindo lânguida,
embebendo a tarde com sua
imensidão,
enchendo de copas suas
ramagens
por todos os cantos para
acolher os pardais
esvoaçantes em busca de um
abrigo!
Quem sabe ela venha
silenciosa como a noite
já cantando seus
madrigais,
venha me cobrindo com seus
encantos e também
venha seu néctar de amor
dentro de seu corpo
em forma atraente de
moringa
onde me debruço a beber
nesta fonte!
Diga-me agora Cupido por
onde ela anda,
ou não lhe considero mais
me mito
e sua seta de amor escondo
atrás daquela
pedra lá fora!
Quem sabe ela venha,
nem que seja esvoaçando
pela
plena escuridão das ruas
sinuosas,
desfilando no silêncio
profundo e tudo o mais.
Esteja eu ébrio, enquanto aos
tropeços a destile!
Amanhecerei como um menino
travesso
ou como um broto de
alfazema!
Guardarei meu destino bem
traçado
por tua presença chegando na
noite passada!
Nossos corpos serão
tragados pelos
nossos vai e vem traçados
que deixarão
suas matizes jogando as
cartas sobre
nossas mesas mostrando
nossa sorte bem erguida!
Assim, todos os nossos dias
terão suas luzes
para alumbrar nossas
retinas, ou para nos
apresentar um convés que
atravesse como uma
barca a nossa vida com
mais sentido e aventura.
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