Certa vez, um poeta me
falou do
avesso do avesso do
avesso.
Por mais complicado isto
seja,
sou mais travesso!
Ouso falar do começo do
começo
do começo de nós dois.
Mas por onde começo?
Prefiro começar pela
inversão,
pois quase sempre o que
anda
por minha cabeça não é o
mesmo
que navega em meu coração!
Eu ia para outro lugar,
mas fui
justamente para ali sem
prestar atenção.
Escapei-me da pedra no
meio do caminho que me colocou
outro poeta, não mais que Drummond!
Agora eu digo que havia um
caminho
por trás da pedra e foi
exatamente
nesta rara inversão de
desviar meu olhar
para aquele cantinho onde
você se encontrava
com um livro na mão, que
encontrei
enfim minha tábua de salvação!
Por trás da pedra do nosso
destino
havia um caminho e quem tropeçou
neste caminho não fomos nós e sim
foi
esta pedra onde por trás dela,
escondidinho, nós aos poucos fomos
construindo nosso ninho.
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