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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Café sem manhã

Estava tão deslocado ao tomar o seu lanche na padaria ao lado; que após bem mastigado, engoliu o guardanapo!
Tanta coisa nele escrita! Agora onde está o pavio de sua fértil inspiração? Adeus poema no guardanapo tão belo, tão guapo!
As curvas da mulher bonita! Um poema como um rio levava suspensa a canoa no remo da imaginação!
Reescrevê-lo? Nunca mais! Destroçou-se seu tesouro garganta abaixo! Em seu lugar ficou um nó górdio!
Porém, não era um caso passageiro. Antes de chegar ao cais, com beijos no ancoradouro... foi-se como o amor primeiro.
Em seu lugar um nó de saudade na garganta! E tanta saudade! E quanta!

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