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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Vc 109


Bobo vento que vem suave balançar minhas cortinas,
chegando  no frenesi de pensamentos em seu girar,
parece não conhecer a via láctea das minhas retinas,
movimenta também este segredo que não sei calar!

Pretende dizer-me que chegaste, que me fascinas,
vasculha minha casa por todo canto a me procurar,
porém, não sabe! De longe nem tu mesma imaginas,
que onde você estiver, ali eu também posso estar!

Para ti não adormecerei em nenhum esquecimento,
pois, uma vontade permanente lateja no meu peito!
Dela ninguém jamais saberá, tenho pena do vento!
Teu perfume adocicado preenchendo este ambiente,
teu vulto sempre lembrado, a beleza que me aquece,
teu ser iluminado com seu semblante aqui presente!

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