Pessoas
embaladas em sacos! Que tragédia! Que fardo!
Vão sem
nomes, pois aos montes e aos cacos,
no embalo do
poliprolileno, vão para um crematório,
os
familiares depois, os mesmos que os levaram
para os
hospitais, ainda contando os casos que os encantaram...
ei-los em cinzas
se findam bem tampados hermeticamente
em um frasco
pequeno, sobre um pires raso, por fora um pouco quente!
Imenso é
este momento árduo! Como o tempo às vezes é irrisório!
Ou vão para
os campos santos. De que se importam os santos agora?
São enterros
mais frios, sendo os mortos fechados em ataúdes lacrados,
para a mudez
e frieza dos hortos! Como se deve chorar nesta hora,
se as
lágrimas não lavam os espantos e estes espancam as horas?
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