Venha ver de minha janela,
não os
astros infinitos, mas
as simples
nuvens tão singelas
que não
deixam rastros,
a não ser
apenas rabiscos
que se
apagam como desaparecem
os barcos
mais ousados
com os
píncaros de seus mastros,
enquanto os
sóis os aquecem
e diluem o
movimento das águas
os deslizamentos
de seus riscos,
os seus
intrépidos passos!
Venha ver de
minha janela
apenas o
passar ligeiro de cada nuvem
no céu e
poderá dizer que viveu
um dia
inteiro pensando que
admirar é
mais ou menos assim,
aparecer e
desaparecer sem
deixar marcas.
Ser tão inteiramente
observador que
mesmo sendo,
com toda sua
energia posta
no que
esteja vendo, parece
momentaneamente
que está
a observar
ao léu.
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