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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Conto da luz

Clarisse do alto da torre daquele castelo medieval contempla as pradarias distantes e as rotas por onde os Cavaleiros da Távola Redonda continuam a passar através de suas ensinanças lançadas oralmente a outros Cavaleiros. Seu olhar se perde junto à direção das nuvens ligeiras como uma seta precisa, cuja precisão é não encontrar alvo algum. Assim ela observa as imensidões de colinas azuis e para além delas os reinos com todos os seus senhores e vassalos, com seus mestres sob a orientação de Merlin em sua sabedoria vinda da Suprema Escola da Sabedoria Universal.

“Clarisse, vem almoçar, minha filha!” Ela se apressa a descer as escadas de pedras lapidadas por construtores instruídos em suas guildas centenárias ou corporações de ofício.  Percorre todo o caminho como alguém que traça um brilhante curso sob cada passo aos seus pés, sob o tapete da distância até a sala de almoço; por baixo de toda a caminhada traça outro percurso muito mais interessante, porém não percebível, assim ela se senta diante da suntuosa mesa repleta de iguarias.

Em silêncio, Clarisse diz tudo naquele instante e transcende todos os significantes do seu álbum ao mirar uma taça brilhante com água límpida à direita dos talheres de prata. Desta forma ela abre as janelas de seus olhos para o infinito, indo além daquelas fronteiras anteriores do alto da torre, quando levanta uma colher de prata e vê seu rosto atravessar sua superfície, mas necessita almoçar.

Daqui a pouco o carro vem buscá-la para levá-la à escola, pois cursa o ensino médio e sua intenção é estudar Psicologia. Pensa consigo mesmo, “que eu seja Clarisse, mas não posso agora ir totalmente além do espelho reluzente desta prata, pois preciso ser uma bailarina expert e saber dançar entre meu diário e minha vida diária...aliás mamãe nem pode perceber....”

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