Vagava o poeta contista pelo mundo como um tonto. Porém, no sentido nem tudo é tanto, nem tudo é um esplendor, estar assim é sua forma mundis vivendus e prontol Pensava, mas verão, não foi bem assim....
Às vezes um
conto, às vezes uma poesia, mas quando não chega aos tantos, como fica o poeta
contista em sua ausência de si mesmo? Nada é pior... deixar-se existir existindo ou sendo apenas
uma sombra a esmo. Uma nebulosa
situação, bem diferente de um estado anárquico, mas próximo de estar engasgado,
atônito, perante a movediça e complexa ambigüidade permanente de toda a sua
confusão interna, em volúvel ebulição, próxima de uma linha tênue da noite
escura do acaso.
Então,
dirigiu-se ao mar diante de uma simples reflexão, “para ele se dirige tudo”;
tanto os continentes, como as encostas de todas as ilhas, as embarcações, os
portos mais sombrios e distantes, todas as águas de todos os rios, de uma forma
ou outra. Diante do imenso oceano percebeu: havia um ponto eqüidistante entre o
mesmo e o céu!
Dali começou
a refletir onde estaria este ponto em nós nos elevando a uma transcendência,
pois não seria possível existir um extraordinário aqui no mundo físico, ao
mesmo tempo faltante ao corpo material humano visto à primeira percepção.
Neste
instante um pensamento sagaz, arrancou-lhe uma pergunta perspicaz, “quem sou
eu?” e seu dedo indicador da mão direita tocou-lhe o centro do peito. “Por que
então o centro do peito?”, desta sublime indagação surgiu-lhe a resposta, “é aí
onde estou, neste realmente ponto onde tocou a ponta do seu dedo direito, EU
SOU!”
Assim, o
poeta contista retornou ao seu excelso status quo: um apreciador da arte, de tudo no plano da
beleza e harmonia; um tecelão de contos,
um artesão de poesias!
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