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terça-feira, 11 de outubro de 2022

Você 182

Serei poeta, serei Neruda, serei Quintana,

em meus versos enquanto seu corpo desnuda,

no cântico e na seta de sua beleza diáfona,

não deixa minha poesia ficar triste e muda.


De longe uma paisagem se abre em aduana,

presença em silêncio e movimento me ajuda,

enchendo de lírios e roseirais em caravana,

desta forma meus versos não ficam à miúda.


Nenhum dos astros dançaria pleno nos espaço,

sem o infinito rosáceo do azul os esperando,

assim vem chegando no poema o seu abraço. 

Todos estes versos não nasceram por um acaso,

todos reluziram da esplêndida luz do teu ser,

apareceram onde só há levante e não há ocaso.

 


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