Através do meu astrolábio miro seu olhar.
Como um dançarino cigano ele volteia,
dança, ondula em uma onda do mar.
Um colibri instantâneo me incendeia.
Tão suave quando posto a me mirar.
Vestido de uma renda fina de seda
me envolve na soma perfeita de um par,
pois são dois olhos em arcos, uma seta,
Apenas uma seta que me toca, desperta,
uma brandura que me acalenta de perto,
sinto-me num oásis e já não estou no deserto.
Olhar que me recupera distantes reminiscências,
assim fixo em mim, desperta-me uma sabedoria,
há um sonido em um olhar perdido além das aparências.
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