Sou um poeta e tenho dois céus,
sei cuidar plenamente de todos os dois,
um céu noturno como todos os seus,
mas tenho um céu antes deste céu depois.
Para me entender há de tirar seus véus,
desatar seus nós, pois não estou a sós,
todos irão retirar os seus chapéus,
um dos meus céus desata todos os nós!
Em um deles há uma presença espetacular,
fluindo como cordas de ouro de um bandolim.
Ele é tão imenso, penso estar fora de mim.
Sim, ele é o que abrange, o que reúne tudo,
ele é a paixão e com sua terna assinatura
forra-me interno com a doçura do seu veludo.
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