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domingo, 20 de janeiro de 2019

A resposta

Surpreso? Emocionado? Apreensivo? Seriam justamente estas indagações a serem feitas, durante o encontro do grande sábio Al Ammar com seu amigo naquela rua deserta, naquela hora noturna sob a sinfonia de um vento leste soprando grãozinhos de areia, ou caberiam outras perguntas como, “perderia seu rumo ou encontraria seu verdadeiro rumo? Tomaria agora uma nova etapa de consciência? Responderia à altura com uma nova atitude frente à vida?; bem, quem somos nós, simples mortais para calcular a curva de uma seta à distância pela envergadura do arco?
Quem somos realmente nós, simples passageiros deste mundo, para “prever qual o impacto daquela pergunta retesada pelo mestre e qual seria a direção tomada por ela a partir do seu lançamento; pois, sabemos que quando os amigos se encontram, não faltam os cumprimentos, os abraços, assim como as costumeiras perguntas acerca de “como vão os familiares”, “como estão indo as coisas”, “como está sua saúde”, enfim, são tantas e tão triviais que quase são semi escutadas e meio respondidas por frases já desbotadas de tão usadas que são.
Foi precisamente sobre a expressão “como o tempo passa!”, justificando os anos que ficaram após a última vez do seu encontro, de onde surgiu na doçura da fala do grande sábio, a nobre pergunta “o que é que não passa?”, o que deixou seu amigo mudo e reflexivo por uns segundos! O amigo não encontrando uma resposta à altura, respondeu entre os dentes “o Altíssimo!”, ao que o mestre retrucou, “bem, ainda não estamos no reino dele, enfim, estamos aqui neste reino terrestre, e gostaria de saber, aqui onde estamos, o que é que não passa?
O amigo ficou mais embaraçado ainda, uma vez que o mestre fez diversas considerações, tais como se as grades de ferro, se as casas, se as palmeiras ao longo da rua, se a própria rua, as pessoas, os camelos, outras ruas, casas, se alguma coisa desta era eterna. Certamente que o amigo não encontrou item algum sobre nosso mundo, inclusive nosso próprio mundo, planetas, galáxias que poderia ser eterno!
Al Ammar complementa que o maior erro humano é dar um salto simbólico entre a reflexão deste mundo e a tentativa de explicar o inexplicável referindo-se a ele como Eterno, pois é com certeza este comportamento que cria um abismo sem fim entre o pensar e o refletir! O amigo não tinha o que responder, mas a pergunta se complementa “e porque o Altíssimo nos colocou aqui neste plano onde nada é permanente, onde tudo muda a cada segundo? Estaria o Altíssimo a brincar conosco? Estaria a nos fazer de bobos? Ou quem sabe, se uma vez nos colocando em mundo ilusório, um mundo que não existe por si mesmo, estaria nos dando uma grande oportunidade de trabalhar assiduamente em nosso ser, para poder recuperar nossa essência original?”
O amigo se despediu e com certeza nunca será mais o mesmo! Al Ammar não joga dados na escuridão! A escuridão também passa! Mas isto é outra estória.

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