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domingo, 20 de janeiro de 2019

Desabafo do órfão caipira

Meu versinho é tão pequenino,
sem nenhuma suntuosidade,
sendo um versinho de menino,
de quem guarda a saudade,
sendo um versinho de criança,
de quem guarda a lembrança,
não sei escrever em caderno,
não sei escrever em papel almaço
não sou gente de cidade,
é um versinho bem fraterno,
tão sentidinho quanto um abraço,
antes declaro que sou um roceiro,
vocês sabem não estudei nada,
pela vida passei o dia inteiro,
capinando no cabo de enxada,
quando escrevi este versinho,
fui desenhando no pó do terreiro,
riscando com um gravetinho,
meu único lápis escreveiro,
não tive muita coisa a dizer,
pois não tenho fala de doutor,
eu apenasmente queria escrever,
sobre aquele de repente momento,
quando minha mãe foi embora,
em que o sol chorou por dentro,
enquanto brilhou por fora!
À noite o sabiá chorou na mata,
no poço dágua de minha lágrima nua,
morreu sem vida a lua de prata!

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