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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Canto às minhas musas

Ó princesas que encontraram seus amados poetas, não se esqueçam de que os poetas são mais vulneráveis à saudade que os homens comuns.
 Os poetas são imortais, pois seus poemas permanecem em livros e manuais e se perpetuam nas memórias dos homens comuns, portanto suas lembranças se adentram pelas dobras das cortinas dos tempos. 
Para eles tudo é diferente, mesmo que fossem todos os dias iguais para os homens do dia a dia, para eles cada manhã alumbra e repete por trás de suas brumas de Avalon, uma lenda, uma estória fantástica, pois por trás de todo este mundo, adentrando-se em seus véus, há mais coisas e mais céus que não poderia imaginar nenhuma mente humana.
Ó princesas que encontraram seus amados poetas, cuidem de se cuidar ao tê-los, pois para eles dois olhos podem ser duas noites repletas de estrelas e um sorriso pode ser um manancial de primaveras bordando o jardim do édem de uma face.
Os poetas tropeçam pelos caminhos em suas pedras e depois as beijam e abraçam, porque eles não pagam com as mesmas moedas as injúrias que recebem e fazem destas pedras as moradas do amor e do perdão e fazem deste caminho estradas suntuosas e perfumadas, por onde qualquer santo haveria de escrever seu testamento em seu dorso como em um pergaminho.
Ó princesas os poetas são diferentes e tenham paciência com eles, porque muitas vezes suas inversões são grandes verdades e suas indagações são grandes possibilidades, pois se eles transformam poentes em nascentes é porque seu pensar vai além do horizonte, é porque sua sala de estar prepara uma festa por trás da linha onde este mesmo horizonte beija o mar.
Hoje me propus a defender todos os poetas e saí pelas ruas com meu chapéu preto na cabeça como o fazia Fernando Pessoa com todos os seus heterônimos a caminho de uma suntuosa festa imaginária, para que não aconteça com eles o que aconteceu entre Fernando e sua princesa; enquanto assim vou caminhando vos convido a sentar-me comigo nesta mesa, cobrir-lhe de flores da véspera, encher-lhe as taças de cristais com vinho do Porto para fazer um brinde Ó princesas a todos os poetas!
Ó princesa o outro brinde é para vós! O que seria dos poetas se não fossem suas musas, Ó princesas!

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