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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

El cornuto


Ele sabia de tudo,
desde o varejo ao miúdo!
Só não sabia que era chifrudo!
Nada lhe passava despercebido.
Sabia até mesmo a língua de sinais
que falava o criado mudo!
Tocava de Roberto a Beethoven
de ouvido. Só não sabia que era chifrudo!
Degustava uma teoria até acerca do reino dos céus!
Desenhava a geometria até das abas dos chapéus!
Dançava ao mesmo tempo valsa, bolero e xaxado!
Se Roberto canta que “quem sabe menos as coisas
sabe mais do que eu!”
Ele sabia tudo do big bang badalado,
mas não sabia nada do que o pau comeu!
Uma noite ele ficou travado debaixo de um arvoredo,
quando alguém lhe mostrou dois dedos em forma de um cornudo!
Com as mãos de espanto e medo, destravou-se daquele enredo;
havia alguém que sabia mais, do que alguém que sabia tudo!

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