Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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sábado, 26 de janeiro de 2019
Oh! Deus! Brumadinho!
As bocas da morte agora escancaradas
são betoneiras apocalípticas, impiedosas,
das barragens volumosas mal cuidadas,
são outras hiroshimas de chagas em rosas
com rejeitos de escombro, desova, nossa
herança inaugurando o saque e o escambo,
o desenlace, o dócil ambiente se desfigurando
em um desfiladeiro de toxina; tafetá sob o
sabre devastador da natureza fria, desnuda,
devastada, troféu de venenoso maná, descaso,
com sua lâmina de frio magma putrefata, muda,
empunhada pelo fantoche do poder inconsciente,
ditame, fecho do fetiche, do assombro, fraturas,
do espanto turmalino ante o novelinho fadado
de leitos consonantais com estradas de rasuras,
como frases sem sentidos, sendo-lhes roubado,
as vogais, as sinapses de união ao viver, flertar,
ao belo, ao florescer, ao ser; agora são paisagens,
lençol de lama, não é cama a dormir e cochilar;
galácticas, levianas, alheias ao léxico, pois estão
ao leú, afastadas do reino onde pulula a vida;
sendo cada surpresa um talismã em suspense,
um brinde aos cavaleiros do apocalipse, aos
que troçam do mundo pelo lucro ante o lapso,
recurso usado ante a mídia para assim cavernar
com insana justificativa o assombro do fiasco.
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