Foram-se naquela tarde, naquela tarde, naquela tarde...
Levem minha canção oh! desaparecidos, desaparecidos, desaparecidos! Desapareceram na tarde e enterrados para sempre no meu coração, no meu coração, no meu coração!
Se de manhã deram bom dia, com as mãos arrasadoras da lama lhe tamparam o sorriso da boca do boa tarde! Cada sorriso calado!
Apenas uma janela no resto do alpendre balança ao
vento, balança ao vento, balança ao vento...baila nesta
gangorra o anjo da morte sobre o vazio do povoado!
Não há mais ruas, não há mais vida, não há mais varandas!
Não há mais ir e vir, ir e vir, ir e vir, pois tudo foi indo,
foi indo, foi indo, enquanto a lama ia vindo, ia vindo,
ia vindo...Agora, uma única janela em único alpendre
balança duas bandas, duas bandas, duas bandas...
Seriam mãos de despedidas, seriam mãos de até nunca
mais, seriam mãos de adeus?
Levem minha canção oh! desaparecidos, desaparecidos, desaparecidos! Desapareceram na tarde e enterrados para sempre no meu coração, no meu coração, no meu coração!
Oh! Meu Deus, de onde estais me responde para onde
foram tantas vidas?
Senhor, me dê uma resposta à minha dor, me dê um alento!
Aquela tarde levou tudo embora, tudo embora, tudo embora...
Tudo pintado à tinta de barro de uma única cor! Com aquela
tarde, todas as tardes dali foram-se embora, foram-se embora,
foram-se embora,com todas as tardes por dentro enterradas na lama
sem nenhuma tarde por fora! Momentos que jamais serão esquecidos!
Levem minha canção oh! desaparecidos, desaparecidos, desaparecidos! Desapareceram na tarde e enterrados para sempre no meu coração, no meu coração, no meu coração!
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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terça-feira, 29 de janeiro de 2019
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