E quando as lembranças estão todas aqui?
Quando palpitam como crianças balançando
em gangorras dentro de uma imagem estampada
na elasticidade da retina?
Como fica quando as coisas estão aqui bem perto?
Quando elas palpitam como o moinho invisível
que movimenta nosso sangue nas veias, nossos
hormônios nas glândulas, nosso ying yang, nossa
manjedoura antiga com um menino a despertar
nossos futuros passos pelo deserto!
Podemos espanar o pó sobre os móveis ou bater os
fios de cabelo sobre os ombros quando nos arrumamos
para ir a uma festa.
Podemos fechar as janelas para não passar o vento
frio que chega como um viajante sideral.
Podemos guardar os livros antigos no fundo da
escrivaninha.
Mas não podemos negar a existência de uma fresta,
por onde não para de passar coisas antigas, dormidas,
acordadas de um manancial.
Pois fechamos as janelas, mas o vento persiste.
Ausentamos no êxodo, mas a visita bate à porta.
Sacudimos os cabelos soltos enquanto outros crescem.
Espalhamos o pó enquanto outros pedem passagem.
Guardamos os livros, mas as estórias permanecem!
É como alguém que por um motivo qualquer
anda tropeçando pelas pedras do mundo!
Alguém que ao olhar todas as mulheres,
sempre está a olhar uma única mulher,
pois as outras são pano de fundo!
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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domingo, 20 de janeiro de 2019
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