Meu corpo está sendo
escaninhado por este
bloco de rascunhos
me acompanhando
escorregadio ávido
de novos poemas,
enquanto sou domador
de minha ânsia felina,
enquanto sou forjador
do bronze de minha
inspiração em seu fervor,
ó doce, inusitada menina!
Acompanha-me também
um lápis com sua
ponta prontinha,
protótipo do que
é erétil e foi circuncidado
como manda a tradição,
não escrevo rascunho,
escrevo obra prima,
embora de próprio punho,
vou à vontade, não vou
só na rima, vou de coração,
transeuntes passam e
aconselham "escreva
em um computador!",
não compreendem que
sou benquisto e sou
muito mais perfeito
quando escrevo com grafite
a deslizar neste papel!
Sou poeta mor,
não sou um amador!
Que as outros bedelham,
mas não venham a
mim com infundado palpite!
Minha folha de papel
reluz a alvura de sua alma,
a brancura de sua beleza lunar,
grafitando sinto-me cinza,
como nuvens pensamentos
navego em seu corpo,
em suas reentrâncias
me sacio a deslizar.
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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quarta-feira, 31 de julho de 2019
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