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domingo, 8 de setembro de 2019

Ressonância

Enquanto uns plantam ramos secos exaustivos pelo chão, 
eu danço como Shiva eterno plantando polens ao vento!
Eu não escrevo poesias como muitos pensam! Não pensem isto de mim! 
Eu sou a própria poesia encarnada em minha liturgia diária! 
Por ter nascido acasalado assim, sei disfarçar-me em anabiose.
Sei bater palmas para Insensatos rimadores e tecelões de trapos poéticos, 
para escapar-me do tiro de arcabuz e fingir-me de argamassa enquanto por dentro 
moro na casa da Poesia com alma de arqueiro zen,
que sabe com um arco só e uma seta somente atirar 
em todos os alvos ao mesmo tempo, com um movimento sutil, 
porque não sou dono de nenhum argumento, sou a própria narrativa do Verso! 

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