Quando mamãe foi embora,
vi o sol chorar por dentro,
enquanto brilhava por fora!
O sabiá chorou na mata,
no meio da poça d'água
de cada lágrima nua,
murchou a lua de prata,
realidade cruel e crua.
Meu versinho é tão pequenino,
sem nenhuma suntuosidade,
sendo um versinho de menino,
de quem guarda a saudade,
sendo um versinho de criança,
de quem guarda a lembrança,
não sei escrever em caderno,
nem sei em papel almaço,
não sou gente de cidade,
é um versinho bem fraterno,
é em forminha de abraço,
declaro sou um roceiro,
eu não estudei nada,
passei o dia inteiro,
capinando no cabo de enxada,
quando escrevi este versinho,
faço estrofe pequenina,
enquanto a outra é espichada,
desenhando no pó do terreiro,
riscando com um gravetinho,
meu único lápis escreveiro,
não tive muita coisa a dizer,
não tenho fala de doutor,
apenasmente queria escrever,
daquele de repente momento,
mamãe nos deixou desta vida,
de repente nos deixou,
com uma dor tão doída,
doendo de tanta dor.
Poemas e contos contribuem para a recuperação de nosso ser, viajando pelos nossos mitos e arquétipos, pelas lendas, pelas aventuras de nossa essência através das dunas do tempo.
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quinta-feira, 24 de outubro de 2019
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