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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Lamento Sertanejo

Quando mamãe foi embora,
vi o sol chorar por dentro,
enquanto brilhava por fora!
O sabiá chorou na mata,
no meio da poça d'água
de cada lágrima nua,
murchou a lua de prata,
realidade cruel e crua.
Meu versinho é tão pequenino,
sem nenhuma suntuosidade,
sendo um versinho de menino,
de quem guarda a saudade,
sendo um versinho de criança,
de quem guarda a lembrança,
não sei escrever em caderno,
nem sei em papel almaço,
não sou gente de cidade,
é um versinho bem fraterno,
é em forminha de abraço,
declaro sou um roceiro,
eu não estudei nada,
passei o dia inteiro,
capinando no cabo de enxada,
quando escrevi este versinho,
faço estrofe pequenina,
enquanto a outra é espichada,
desenhando no pó do terreiro,
riscando com um gravetinho,
meu único lápis escreveiro,
não tive muita coisa a dizer,
não tenho fala de doutor,
apenasmente queria escrever,
daquele de repente momento,
mamãe nos deixou desta vida,
de repente nos deixou,
com uma dor tão doída,
doendo de tanta dor.

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