Quem
finalmente soprou aéreo meu poema alado
que havia
colocado preso no meu varal a quarar?
Não
premeditou por ventura tendo ele rondado
todas as casas
do mundo deixou um mimo solar?
Uma íris
radiosa de mônada vi nele impregnado,
enquanto balançava
ao sol não me deixava isolar!
Fetiche de
uma presença impressa ao meu lado,
enquanto figurinos
de tangos vinham me bailar!
Não mais
pendurarei poemas em vão nos varais!
Deixarei que
assim se assentem dentro de mim,
se adubem no
ocaso de meus lampiões lacrimais!
Lançarei no
cais a âncora com a caixa de poesias,
para que
possa dormir no barco meu sono farto,
abraçado em
teus seios adubados de calmarias!
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