Sou um
cultivador de sulcos ilhados
repetidos em
tua pele reflorescida,
renascem e
desaparecem coroados
no abrigo
macio de sua tez colorida.
Passeio os
dedos nos teus molhados
poros com
uma cor bela embevecida,
os tinjo de
batom róseo, encarnados
como os teus
lábios na boca aquecida.
No cultivo
permanentemente anseio
ver crescer
sobre mim como arvoredo,
imensa sombra
de onde me incendeio!
Escuto nesta
hora de um mestre antigo,
com voz
silenciosa sorrindo a me ensinar:
quem cultiva
alguém está a se cultivar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário