Vendo-me náufrago
me encontrava à beira daquele precipício,
olhando a
extensão íngreme, escarpada, úmida da cordilheira,
como um
parafuso se enroscava abaixo sem ter fim nem início,
sendo-me
difícil suportar o medo de cair incerto naquela beira!
Intervinha
um movimento vulcânico como se fosse novo solstício,
pedregulhos com
hormônios descambavam sobre uma nevoeira,
enquanto tremendo
diante deste risco meu coração virou silício,
não havia
hélice de esperança a salvar-me, situação derradeira!
Quando ao
distante ouvi um mantra de esmeraldas em sustenido,
percebi se
aproximar sorrindo com uma leveza nunca vista antes,
senti-me
tocando uma veste tecida em manto muito bem cerzido!
Lançou-me luz
jorrando fachos curvilíneos pelo fio de um novelo,
neste momento
respirando, me ergui deste leito calmo, sem pranto,
você chegou
no meu sonho, sua presença me tirando do pesadelo!
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