Quantas
noites sem fim eu passo em claro,
a sonhar em
mim com teu corpo fulgurante;
hoje, passar
assim uma noite fica tão raro;
a noite não
existe mais, existe o instante!
Sou uma fera
no cio que não perdeu o faro,
conservo como
abrigo, forte ardor gigante,
Irrigo-me;
no deslizar da tarde me preparo,
me quieto,
amolda-me um sonho possante!
Apaixonados
hoje em dia quase não existem
desta maneira,
como assim nos entregamos!
A todo ardor
de ternura nos embriagamos!
Hoje em dia todo
mundo perde-se no celular,
navegando as
mãos sobre telas, mensagens.
Nossas mãos
voam além de nossas margens!
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