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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Vc 93


Crepitando azulado como um fogo interno de lareira,
sobe em serpentes dançarinas nosso sublime desejo,
além desta duradoura linha da permanente fronteira,
nossos corpos dançando, cambiam  um cigano ensejo.

Grande força incontrolável, um jogo nos entrincheira,
como lábios de neblinas queremos ganhar um beijo,
com um vulcão de vai e vem que nos avizinha à beira
deste amor incontrolado todo trêmulo me entrevejo!

Envio-lhe o pensamento como um míssil! Trampolim!
Poderíamos saltar até mesmo sobre o monte Everest,
mas de outro modo, ardentes em brasa saltamos sim
nas asas deste vento a deslizar por invisíveis batentes,
pelas portas dos nossos corações aqui mesmo no chão,
com a força deliciosa de amar como mil sóis nascentes!

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