Crepitando
azulado como um fogo interno de lareira,
sobe em
serpentes dançarinas nosso sublime desejo,
além desta duradoura
linha da permanente fronteira,
nossos
corpos dançando, cambiam um cigano
ensejo.
Grande força
incontrolável, um jogo nos entrincheira,
como lábios
de neblinas queremos ganhar um beijo,
com um vulcão
de vai e vem que nos avizinha à beira
deste amor
incontrolado todo trêmulo me entrevejo!
Envio-lhe o
pensamento como um míssil! Trampolim!
Poderíamos saltar
até mesmo sobre o monte Everest,
mas de outro
modo, ardentes em brasa saltamos sim
nas asas deste
vento a deslizar por invisíveis batentes,
pelas portas
dos nossos corações aqui mesmo no chão,
com a força deliciosa
de amar como mil sóis nascentes!
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